Economia

Número de endividados cai 0,2 ponto percentual em janeiro, segundo pesquisa

Um dos motivos que pode ter influenciado é o encarecimento dos juros

Por Da Redação
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Número de endividados cai 0,2 ponto percentual em janeiro, segundo pesquisa

Foto: Reprodução

Dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada nesta segunda (7), mostram que o número de endividados no Brasil recuou 0,2 ponto percentual (pp) em janeiro, em relação ao mês anterior e se estabeleceu em 76,1%. Entretanto, na comparação anual, o indicador subiu 9,6 pontos.

Segundo a CNC, os dados apresentados pelo Banco Central, em dezembro de 2021, mostraram crescimento de 37,2% para 45,1% quando se trata de taxas médias das linhas de crédito com recursos livres às pessoas físicas. As informações são da Agência Brasil.

Um dos motivos que pode ter influenciado é o encarecimento dos juros, que desacelerou a contratação de dívidas no começo do ano. Outro motivo pode, ser as concessões de créditos. Apesar de registrarem avanço de 10,6% em 2021, no período de novembro para de dezembro, tiveram queda de 22,2% na média diária.

José Roberto Tadros, presidente da CNC, disse que é preciso se atentar a este momento de retração. “O endividamento segue em patamar elevado, e essa redução é reflexo de um cenário desfavorável, em que o encarecimento do crédito pelos juros mais altos afeta a dinâmica de contratação de dívidas dos consumidores”, explicou.

Indo de contra a maré, a taxa de inadimplência subiu 0,2 pp, e na comparação anual 1,6 pp, atingindo 26,4% do total de famílias no país. Este é o maios índice desde agosto de 2020.

O número de famílias que declarou que não terá como sair da inadimplência também teve acréscimo de 0,1 pp, em comparação com janeiro de 2021. Porém, quando a comparação foi de escala anual, o percentual registrou 0,8 pp de queda.

Izis Ferreira, economista da CNC e responsável pela pesquisa, explicou que a alta é resultado da evolução da vacinação. “Com a maior flexibilização, as famílias no grupo de renda mais elevada têm revertido suas poupanças, ampliadas durante a pandemia, para o consumo, especialmente de serviços”, disse.

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